A novela da ponte sobre o Rio Jequitinhonha: pressão cresce por solução urgente
No início de maio de 2025, o DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) anunciou o fechamento da ponte sobre o Rio Jequitinhonha, localizada na BR-101, no município de Itapebi, extremo sul da Bahia. A interdição ocorreu devido ao risco iminente de desabamento, após anos de negligência e deterioração da estrutura.
Essa ponte é estratégica para o tráfego nacional, sobretudo de cargas pesadas, já que a BR-101 é um dos principais corredores logísticos do país. Sua interdição afeta não apenas Itapebi, mas todo o sul e extremo sul da Bahia, além de estados vizinhos que dependem dessa via.
Durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, houve promessas de reconstrução da ponte, com vistorias técnicas que, à época, afirmaram que a estrutura estava “intacta”. Três anos depois, a realidade é outra: a ponte está interditada, sem obra iniciada e sem previsão concreta de conclusão.
A alternativa atual obriga motoristas a usar um desvio de 50 quilômetros por estrada de chão batido, agravando os transtornos. Caminhões tombados, veículos atolados e prejuízos financeiros se tornaram comuns, especialmente porque o clima tropical da região, marcado por chuvas frequentes, piora ainda mais as condições da estrada.
Diante da gravidade da situação, o Deputado Estadual Raimundinho da JR esteve na última semana no local, trafegando pelo desvio e denunciando as péssimas condições. Raimundinho reforçou o apelo ao governo federal, destacando que a população não pode mais esperar e que as soluções precisam ser aceleradas com urgência.
O ministro da Casa Civil, Rui Costa, afirmou em entrevista que o governo federal está em diálogo com a Coelba para liberar a barragem de Itapebi ao tráfego de balsas. O plano, segundo ele, é criar uma rota alternativa que permita a travessia de carretas, ônibus, carros e pedestres, deixando de lado o desvio de terra que não tem dado conta da demanda da região.
Por outro lado, o DNIT anunciou recentemente uma operação para tentar reabrir parcialmente a ponte interditada. Apesar disso, nenhuma obra de reconstrução foi iniciada, nem há confirmação oficial da empresa que executará o serviço.
A previsão oficial é de que a ponte seja entregue em até um ano, mas lideranças locais, motoristas e especialistas temem que o prazo real ultrapasse três anos, dada a experiência de outras obras públicas no Brasil.
Enquanto isso, a população do extremo sul da Bahia segue enfrentando os impactos da interdição. A ponte do Rio Jequitinhonha, essencial para o tráfego na BR-101, continua fechada, e os baianos esperam que esta novela — que se arrasta há anos — finalmente chegue ao fim com um desfecho positivo.
uma das grandes promessas da política itororoense.
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