OS PREFEITURÁVEIS E OS FATOS POLÍTICOS - Falando com Autoridade

04 março 2024

OS PREFEITURÁVEIS E OS FATOS POLÍTICOS

O comentário político é movido pelos fatos, mais especificamente os que são protagonizados por políticos postulantes a cargo público pela via eleitoral, pelo voto do cidadão e da cidadã. 


Em relação ao processo sucessório municipal, prefeiturável que não cria um fato, até mesmo irrelevante, sem nenhuma perspectiva de repercutir positivamente, termina caindo na vala do esquecimento.


Em Itabuna, o prefeito Augusto Castro, pré-candidato ao segundo mandato pelo PSD, já é, como chefe do Executivo, um natural destaque. Assim como Fabrício Pancadinha (Solidariedade) na sua condição de deputado estadual.


Geraldo Simões (PT), por mais estranho que possa parecer, vai crescer nas intenções de voto por causa do pega-pega entre o PT 1 e PT 2, respectivamente o que quer candidatura própria na federação PT/PCdoB/PV e o que defende o apoio da legenda à reeleição de Augusto. 


O conflito entre os "dois" PTs gerou um fato político que tomou conta da sucessão municipal e continua como assunto principal, se transformando em um "cabo eleitoral" de Geraldo Simões, ajudando até em uma significativa queda no índice de rejeição ao ex-alcaide.


O geraldismo tem como favas contadas que o líder-mor da corrente política será o candidato da federação *Brasil da Esperança*, tendo como consequência o surgimento do PCdoB 1 e do PV 1, que passariam a defender a candidatura de Geraldo Simões. 


Não basta só o chamado trabalho de "formiguinha", como vem fazendo o capitão Azevedo (PDT) e o médico Isaac Nery, desesperadamente a procura de um abrigo partidário depois que deixou o Republicanos. Se faz necessário protagonizar um importante fato político. 


Dinailton Oliveira, ex-presidente da OAB-BA, também integrante do Movimento dos Sem Partido (MSP), coincidentemente um ex-filiado do Republicanos, tem se queixado que não aparece no noticiário político. 


Dinailton, um figura humana espetacular, tem que criar um fato político, independente se ele vai ou não dar certo. Como sobrinho do saudoso e polêmico Fernando Gomes, gestor de Itabuna por cinco mandatos, oxigenar a discussão sobre o espólio eleitoral do tio. 


O engenheiro Chico França, prefeiturável do PL, ser mais incisivo de que é o representante do bolsonarismo na sucessão. E tem a seu favor, como argumento forte e inquestionável, o fato do PL ser a legenda do ex-presidente Jair Messias Bolsonaro.


Concluo dizendo que protagonizar um fato é indispensável para marcar presença nos meios de comunicação, incluindo aí as redes sociais. 


PS (1) - O evento de ontem, na Câmara de Vereadores, quando o MDB formalizou o apoio a Geraldo Simões, foi um fato político importante para a campanha do ex-prefeito, com grande repercussão no Palácio de Ondina e no conselho político do governador Jerônimo Rodrigues. Diria até que a adesão do MDB à pré-candidatura de Geraldo Simões, partido que tem um invejável tempo no horário eleitoral, vai mexer com o PT 2, provocando algumas dissidências.


PS (2) - O lançamento da pré-candidatura de Neto Badaró pelo PP, com a presença de Jabes Ribeiro, ex-prefeito de Ilhéus e secretário-geral da legenda, foi um fato político relevante, mesmo sabendo que a pretensão de Neto é compor uma majoritária como vice.


PS (3) - Pelo andar da carruagem, com dois candidatos da base aliada jeronista na sucessão de Itabuna - Augusto Castro (PSD) e Geraldo Simões (PT) -, tudo caminha para uma posição de neutralidade do governador Jerônimo Rodrigues, evitando assim um eventual atrito com o senador Otto Alencar, dirigente-mor estadual do PSD, e com o ex-deputado federal Lúcio Vieira Lima, presidente de honra do MDB.


COLUNA WENSE, DOMINGO, 3 DE MARÇO DE 2024.

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