SANTA CRUZ DA VITÓRIA: EMPRESÁRIA COMPRA TERRA E SOFRE AMEAÇAS POR FAMILIARES DO CORONELISMO. - Falando com Autoridade

18 novembro 2024

SANTA CRUZ DA VITÓRIA: EMPRESÁRIA COMPRA TERRA E SOFRE AMEAÇAS POR FAMILIARES DO CORONELISMO.



A empresária Saiuri Sato, de Santa Cruz da Vitória, Bahia, relata estar sendo vítima de ameaças e invasões por parte do ex-proprietário das terras que adquiriu. Mesmo após a formalização do contrato de compra e venda e a quitação integral do valor acordado, Saiuri afirma que enfrenta uma série de atos intimidatórios que incluem destruição de cercas, remoção de demarcações feitas por topógrafos e tentativas de invasão do imóvel pelo ex-proprietário, familiares e um grupo de cerca de 15 homens contratados.

Segundo a empresária, o imóvel foi adquirido em dezembro de 2023 por meio de contrato particular, com a transferência da posse e direitos devidamente documentados. Apesar disso, o vendedor agora tenta invalidar a transação com base em uma suposta escritura antiga, o que, segundo Saiuri, não tem fundamento jurídico, pois o contrato firmado é legal e foi realizado de forma espontânea e com boa-fé entre as partes.

Práticas que remetem ao coronelismo

A empresária também aponta que não é a única vítima desse tipo de situação em Santa Cruz da Vitória. Outros moradores relatam problemas semelhantes após comprarem terrenos de membros da mesma família. As dificuldades vão desde a manutenção das posses até a intimidação, supostamente justificada por aforamento, em práticas que ela considera “beirarem a ilicitude”.

“Parece que estamos vivendo em uma época de coronelismo, onde as pessoas recorrem à força e intimidação para impor sua vontade, ignorando contratos e a boa-fé”, desabafa Saiuri.

Reurb e a intervenção do Poder Público

A questão da segurança jurídica das propriedades em Santa Cruz da Vitória também é uma pauta da gestão do prefeito Maurício Lopes. O projeto Morar Melhor já enfrentou desafios semelhantes, como no caso de uma disputa judicial envolvendo a demolição de uma casa para a construção de uma nova moradia, na qual o município saiu vitorioso.

Diante das constantes denúncias e impasses, o prefeito lançou o projeto de regularização fundiária urbana (Reurb), com o objetivo de garantir aos moradores a titularidade de suas propriedades por meio da emissão de escrituras, trazendo estabilidade e segurança jurídica para a população.

“A regularização é um passo essencial para combater práticas abusivas e garantir que todos possam viver e trabalhar com tranquilidade em suas propriedades”, afirmou o prefeito Maurício Lopes.

Clamor por justiça e proteção

Indignada, Saiuri Sato recorreu à mídia para expor o que descreve como um esquema de intimidação e exploração. Ela destaca a necessidade de uma intervenção urgente das autoridades para proteger os proprietários de terras e impedir que práticas abusivas continuem a acontecer.

“Se eu, como empresária, enfrento tamanha dificuldade, imagine as pessoas mais humildes que não têm os mesmos recursos para se defender. Estou me sentindo ameaçada, especialmente por ser mulher. Mas não posso me calar diante dessa injustiça”, afirmou Saiuri.

A empresária pede que o Poder Público e as autoridades competentes tomem providências para garantir que os contratos sejam respeitados e que situações de violência e intimidação sejam punidas de forma exemplar. A população de Santa Cruz da Vitória também aguarda uma solução definitiva para a questão fundiária, que há anos afeta a estabilidade e o desenvolvimento da cidade.







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