Al Capone foi um dos gângsteres mais infames dos Estados Unidos, comandando o crime organizado em Chicago durante a Lei Seca.
Ele nasceu em 17 de janeiro de 1899, no Brooklyn, Nova York, filho de imigrantes italianos.
Desde cedo, envolveu-se com gangues, mas foi em Chicago que consolidou seu império criminoso, dominando o contrabando de álcool, jogos de azar e prostituição.
Excentricidades e Segredos
Capone era uma figura contraditória: ao mesmo tempo em que comandava sua organização criminosa com brutalidade, cultivava a imagem de um homem generoso, doando dinheiro a instituições de caridade e abrigos para os pobres.
Gostava de ostentação: usava ternos caros, frequentava hotéis de luxo e promovia festas extravagantes. Seu gosto por comidas refinadas era notório, e sua residência em Palm Island, na Flórida, era um símbolo de seu sucesso e poder.
Apesar de toda essa ostentação, Capone sempre teve medo de ser traído e vivia cercado de seguranças. Dizem que dormia com um taco de beisebol ao lado da cama e evitava certos pratos por medo de envenenamento.
Um dos segredos mais comentados de sua vida era o envolvimento de sua organização no Massacre do Dia de São Valentim, em 1929, quando seus homens, disfarçados de policiais, executaram sete membros de uma gangue rival a sangue frio. Esse evento marcou o auge da violência da era da Lei Seca e ajudou a selar o destino de Capone.
A Queda e a Doença
Apesar dos inúmeros crimes, Capone foi preso por algo aparentemente menor: evasão fiscal. Em 1931, foi condenado a 11 anos de prisão. Em 1934, foi transferido para a temida prisão de Alcatraz, onde começou a sofrer os efeitos devastadores da sífilis neurológica, contraída anos antes e nunca tratada adequadamente.
A doença começou a afetar sua mente de maneira irreversível. Nos últimos anos de prisão, sua capacidade mental deteriorou-se ao ponto de não conseguir administrar nem os próprios pensamentos. Seu comportamento tornou-se errático, e ele passou a ter dificuldades em reconhecer amigos e familiares.
Em 1939, com a saúde mental e física gravemente comprometidas, foi solto e levado para sua casa na Flórida. Médicos afirmaram que seu estado era semelhante ao de uma criança de 8 a 12 anos, incapaz de compreender a realidade ao seu redor.
Morte e Sofrimento Final
Nos últimos anos de vida, Capone viveu recluso, sob cuidados médicos, sofrendo de paralisia parcial e delírios, além da deterioração cognitiva causada pela sífilis avançada.
Em 21 de janeiro de 1947, sofreu um acidente vascular cerebral (AVC). Embora tenha inicialmente se recuperado, sua saúde piorou rapidamente, e ele contraiu uma pneumonia. Em 25 de janeiro de 1947, Al Capone morreu de insuficiência cardíaca.
Seu funeral foi discreto para os padrões de um ex-chefe do crime. Ele foi sepultado inicialmente em Chicago, mas anos depois seus restos foram transferidos para um cemitério mais afastado, junto aos de sua família.
Capone viveu entre o luxo e o crime, mas seus últimos anos foram marcados pela agonia mental e física, resultado direto de uma vida de excessos, violência e descaso com a própria saúde.
Autoria: Maria Ribeiro T
Imagem do arquivo web.
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