Ibicaraí, BA – O município do sul da Bahia enfrenta uma intensa crise política. A prefeita Monalisa Tavares (União Brasil) encontra-se politicamente isolada após perder o apoio da maioria dos vereadores da Câmara Municipal e do próprio vice-prefeito, Jonathas (Republicanos). O cenário se agravou após uma tentativa mal-sucedida de interferência no Legislativo e sua postura de distanciamento do Governo do Estado, liderado por Jerônimo Rodrigues (PT).
A crise teve início quando Monalisa tentou impor o vereador Guilherme (DC) como presidente da Câmara para o segundo biênio do mandato. A manobra não foi bem recebida pela maioria dos parlamentares, que rejeitaram a imposição e passaram a se distanciar politicamente da gestora. Esse episódio marcou o começo do rompimento entre a prefeita e sua base legislativa.
Filiada ao União Brasil — partido do ex-prefeito de Salvador ACM Neto, adversário de Jerônimo Rodrigues nas eleições de 2022 —, Monalisa mantém uma postura de oposição ao governo estadual. A resistência em estabelecer diálogo com o Palácio de Ondina gerou insatisfação entre lideranças locais, que passaram a buscar apoio diretamente com a base aliada do governador.
Desde o início de sua primeira gestão, Monalisa governou sob o amparo de liminares judiciais. Ela venceu eleições respaldada por decisões da Justiça e, até poucos meses atrás, ainda dependia dessas liminares para se manter no cargo. Não está claro se as pendências jurídicas foram resolvidas, o que contribui para um ambiente de instabilidade e insegurança entre seus apoiadores.
O grupo político que agora se opõe à prefeita reúne o vice-prefeito Jonathas e seis vereadores:
Chico do Doce (PSDB), presidente da Câmara
Rozenildo Linho (Republicanos)
Dodô Huanna (PSDB)
Edy da Vila (PT)
Demétrio Castro (Podemos)
Herbert Santana (União Brasil)
Essa articulação conta ainda com o apoio de importantes lideranças regionais, como o presidente da AMURC, Elder Fontes (prefeito de Itaju do Colônia), o prefeito de Itabuna, Augusto Castro, e a primeira-dama de Itabuna, Andrea Castro. O grupo participou de uma reunião com o líder do governo na Assembleia Legislativa da Bahia, deputado estadual Rosemberg Pinto (PT), e com o deputado federal Paulo Magalhães (PSD).
O objetivo é garantir recursos e investimentos para Ibicaraí por meio de emendas parlamentares e parcerias com o Governo do Estado — uma resposta direta à falta de diálogo da atual gestão municipal com a esfera estadual.
Com o rompimento político-institucional, Monalisa Tavares se vê em uma posição de fragilidade. Sem apoio da Câmara, do vice-prefeito e afastada do governo estadual, sua capacidade de governar e atrair investimentos está seriamente comprometida.
Fonte: Site Falando com Autoridade
Edição: Edcarlos Radialista/Jornalista
MTB:0063962/Sp
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