Decisão Judicial Cassou o Mandato do Prefeito e Vice de Ibicuí, Mas Eles Continuam no Cargo
No último dia 15 de julho de 2025, a região sul e sudoeste da Bahia, assim como todo o estado, foi surpreendida com a decisão judicial que cassou o mandato do prefeito e do vice-prefeito de Ibicuí. Apesar da cassação, ambos continuam exercendo seus cargos, mas estão juridicamente afastados.
Essa situação levanta uma questão importante no cenário político brasileiro: conquistar uma eleição — seja para prefeito, deputado, vereador, vice-prefeito, senador ou presidente da República — não garante a permanência segura no mandato durante os quatro anos previstos. Sempre há a possibilidade de insatisfeitos contestarem o resultado na Justiça.
É exatamente o que ocorre em Ibicuí. A oposição que perdeu as eleições não aceitou o resultado e vem questionando a legitimidade da vitória desde então, numa atitude que gera grande desgaste político. Essa prática, conhecida como “vitória no tapetão”, é muito triste e prejudica o ambiente democrático.
A disputa eleitoral foi marcada pela imparcialidade e pelo cumprimento das mesmas regras para todos os candidatos. No entanto, somente após as eleições veio a decisão judicial que busca retirar o prefeito e o vice-prefeito dos seus cargos, motivada por contestações da oposição.
Vale lembrar que, na eleição de 2024, Salomão Cerqueira (PSD), atual prefeito de Ibicuí, era vice-prefeito do então prefeito Marcos Galvão (PSD), que o apoiou na candidatura. A vitória foi conquistada com uma diferença apertada de apenas 37 votos. Esse resultado muito próximo é um dos fatores que alimenta o questionamento da oposição, que não reconhece Salomão como legítimo prefeito, tampouco seu vice.
Em relação aos questionamentos feitos pela oposição na justiça eleitoral, um dos questionamentos é sobre eventos realizados durante as eleições por parte da Prefeitura Municipal de Ibicuí, que era gerida por Marcos Galvão (PSD), que apoiava a chapa de Salomão Cerqueira (PSD), que era o seu vice. Eles questionam pessoas com cores da campanha, com bandeiras, com camisas e até jingle da campanha na festa paga pela Prefeitura Municipal, nos eventos da Prefeitura. Isso é muito impossível de controlar, ninguém consegue controlar alguém ir num evento público com camisa do seu candidato, mesmo sendo uma festa da Prefeitura, num momento eleitoral. Evidentemente que as pessoas estavam lá com as cores da campanha, cantando o jingle, mas isso não quer dizer que a campanha foi favorecida de forma alguma com o erário público, com o erário do município, e fazendo assim a vitória chegar por parte do uso da máquina pública. Isso é o que em verdade nós entendemos dessa forma.
Nas alegações da defesa, além do questionamento da oposição, o fato de haver pessoas com bandeiras, camisas e até jingle da campanha não demonstra, de forma alguma, que os candidatos ou a coligação tenham liberado ou contratado essas pessoas para estarem ali. Foi simplesmente fruto da livre e espontânea vontade, da liberdade de expressão e do pensamento individual dessas pessoas que compareceram ao evento, mesmo sendo promovido pela Prefeitura, em pleno período eleitoral.
Falando com Autoridade
Edição: Edcarlos – Radialista/Jornalista
Registro Profissional (MTB): 0063962/SP
Nosso site é independente e voluntário.
Ajude a fortalecer esse trabalho.
Chave PIX CNPJ 52.747.247/0001-43
Chave PIX TELEFONE 73999879656
Site Falando com Autoridade
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Deixe aqui seu comentário: