O Ministério Público Eleitoral de Minas Gerais pediu à Justiça a suspensão dos direitos políticos do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) e do deputado estadual Bruno Engler (PL-MG). Eles são acusados de difamar o então prefeito de Belo Horizonte, Fuad Noman (PSD), durante a campanha eleitoral de 2024.
Segundo o MP, os parlamentares disseminaram de forma deliberada informações falsas para prejudicar a candidatura de Fuad e favorecer o adversário no segundo turno. Entre os ataques, destacam-se o uso descontextualizado de um trecho do livro Cobiça, escrito por Fuad, e a falsa associação do ex-prefeito à exposição de crianças a conteúdo impróprio em evento cultural da prefeitura.
A ação pede ainda indenização por danos morais à família de Fuad, que morreu em março deste ano, aos 77 anos. Também foram denunciadas Cláudia Araújo Romualdo (Coronel Cláudia, PL), candidata a vice-prefeita, e a deputada Delegada Sheila (PL).
Um suplente de vereador envolvido no caso firmou acordo com o MP: admitiu o conteúdo desinformativo, renunciou a uma eventual candidatura em 2026, pagará R$ 31,5 mil a uma entidade social e fará retratação pública.
Durante a campanha, a Justiça Eleitoral já havia reconhecido irregularidades. Vídeos com as acusações foram removidos e houve direito de resposta. Em um debate na TV Globo, Engler classificou Cobiça como “livro pornográfico”, o que foi rebatido por Fuad como fake news. A Justiça determinou a retirada do vídeo e considerou que Engler fez apologia à desinformação.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Deixe aqui seu comentário: