INSTITUTO CHOCOLATE COBRA R$ 425,00 POR INGRESSO DO CACAU 500 MESMO ENVOLVIDO EM FRAUDES E DENÚNCIAS

INSTITUTO CHOCOLATE COBRA R$ 425,00 POR INGRESSO DO CACAU 500 MESMO ENVOLVIDO EM FRAUDES E DENÚNCIAS

O presidente do Instituto Chocolate, Erlon Botelho, declarou em entrevista a uma emissora de rádio em Itabuna que a entidade “vive de vaquinhas de produtores”. A fala, no entanto, contrasta com as evidências já apresentadas pela nossa reportagem: o Instituto recebeu recursos públicos vultosos, especialmente da Prefeitura de Jussari, como já comprovamos com documentos anexados em denúncias enviadas à Polícia Federal, ao Ministério Público Federal e à Controladoria-Geral da União (CGU).

PIX DE R$ 425,00 CONFIRMA VENDA DE INGRESSOS

Para provar que o Instituto continua recebendo valores expressivos via PIX, nossa reportagem realizou um teste: fizemos uma transferência diretamente para a chave divulgada pelo Instituto. A surpresa foi imediata: o valor exigido para participação no evento 3º Encontro Nacional Cacau 500 Sustentável é de R$ 425,00 por ingresso.

O evento, que está marcado para os dias 24, 25 e 26 de outubro de 2025, no Centro de Cultura Adonias Filho, em Itabuna, continua sendo amplamente divulgado, apesar das graves denúncias de irregularidades que pesam sobre seus organizadores.

EXPLORAÇÃO DOS PRODUTORES

Enquanto Erlon Botelho afirma que a entidade sobrevive de doações dos próprios agricultores, na prática o Instituto vem sugando recursos de produtores já fragilizados pela crise e pela doença “vassoura de bruxa” que atinge as lavouras de cacau. Em vez de apoiar os trabalhadores rurais, o evento vem se transformando em um verdadeiro mecanismo de arrecadação questionável.

PERGUNTAS SEM RESPOSTAS

Até hoje, o Instituto Chocolate não apresentou nenhum documento oficial, como balancetes de PIX, relatórios de patrocínios ou comprovações das “ajudinhas” mencionadas por Erlon em entrevistas.

Onde estão os comprovantes dessas movimentações financeiras?

Quais empresas e produtores realmente patrocinaram o evento?

Para onde está indo o dinheiro arrecadado?

Enquanto essas perguntas ficam no ar, os produtores seguem sendo lesados, pagando caro para participar de um evento que deveria fortalecê-los, mas que, na prática, parece estar drenando ainda mais seus já limitados recursos.

NOVA DENÚNCIA NO MINISTÉRIO PÚBLICO ESTADUAL

Diante da manutenção da cobrança e da realização do evento, nossa equipe de jornalismo irá formalizar ainda nesta semana uma denúncia no Ministério Público Estadual (MPE/BA), pedindo providências imediatas para cancelar o Cacau 500 em Itabuna, evitando que produtores, empresários e patrocinadores continuem sendo prejudicados

 Falando com Autoridade seguirá acompanhando o caso e cobrando respostas.