CANTORES BOLSONARISTAS ESTÃO ENTRE OS 10 QUE MAIS RECEBERAM RECURSOS DA LEI ROUANET

CANTORES BOLSONARISTAS ESTÃO ENTRE OS 10 QUE MAIS RECEBERAM RECURSOS DA LEI ROUANET

Discurso da extrema direita contrasta com a realidade sobre quem mais se beneficia de verbas públicas

Política & Cultura

O discurso adotado por setores da extrema direita no Brasil costuma passar a impressão de que artistas identificados com a esquerda seriam os principais beneficiários de recursos públicos destinados à cultura, especialmente por meio da Lei Rouanet. No entanto, levantamentos sobre contratações e incentivos culturais mostram um cenário bem diferente.

Na prática, artistas associados ao bolsonarismo e a pautas conservadoras figuram entre os dez cantores que mais receberam recursos públicos nos últimos anos, seja por meio de incentivos culturais, contratos com prefeituras, eventos oficiais ou verbas estaduais e federais.

Sertanejos dominam o topo

Entre os nomes que aparecem com os maiores volumes de recursos públicos recebidos estão artistas amplamente conhecidos por posições políticas alinhadas à extrema direita, como:

Zezé Di Camargo e Luciano

Gusttavo Lima

Leonardo

Amado Batista

Eduardo Costa

Esses cantores consolidaram verdadeiras marcas musicais no país e acumularam valores milionários oriundos do poder público ao longo da última década.

Discurso político x prática

Enquanto a retórica política tenta criminalizar artistas associados à esquerda, os números indicam que as maiores marcas musicais ligadas à extrema direita estão entre as principais beneficiárias de recursos públicos.

Grande parte desses valores está relacionada à contratação de shows para festas populares, eventos municipais e ações culturais financiadas com dinheiro público, mecanismos previstos na legislação brasileira.

Debate necessário

O tema reacende discussões importantes sobre:

Uso de recursos públicos na cultura

Prioridades de investimento em municípios com dificuldades financeiras

A distância entre discurso ideológico e prática administrativa

O debate segue aberto e evidencia a necessidade de mais transparência e coerência no trato com o dinheiro público.

Por Edcarlos Radialista / Jornalista Investigativo

Registro Profissional MTB nº 0063962-SP

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