IBICARAÍ FECHA 2025 EM CRISE, COM DEMISSÕES, ABANDONO E INCERTEZA POLÍTICA
O ano de 2025 chega ao fim e Ibicaraí se despede de mais um ciclo administrativo marcado por crise social, precarização dos serviços públicos e instabilidade política. Enquanto os problemas do município se acumulam, a prefeita Monalisa encontra-se em viagem de lazer, a bordo de um cruzeiro marítimo, navegando pelas águas oceânicas em algum ponto do planeta.
Não se trata de questionar o direito ao lazer. A prefeita é médica, é ser humano e, como qualquer pessoa, precisa de descanso. O questionamento feito pela população é outro: é possível dormir tranquilamente sabendo que cerca de 600 pais e mães de família foram demitidos da Prefeitura em pleno Natal e no encerramento do ano?
DEMISSÕES EM MASSA AGRAVAM A CRISE SOCIAL
As demissões ocorridas no final de 2025 ampliaram ainda mais a vulnerabilidade social em Ibicaraí. Famílias inteiras encerraram o ano sem emprego, sem renda e sem perspectivas imediatas, justamente no período mais sensível do calendário.
OBRAS PARADAS E MILHÕES JÁ INVESTIDOS
Outro ponto crítico é a paralisação das obras das casas populares. O Governo do Estado da Bahia já investiu mais de R$ 11 milhões, mas os imóveis seguem inacabados, sem explicações claras e sem previsão concreta de entrega à população.
SAÚDE EM COLAPSO E FROTA ABANDONADA
A situação da saúde pública é considerada alarmante. Faltam medicamentos básicos nos postos de saúde, inclusive analgésicos simples como a dipirona. O hospital municipal encontra-se, segundo relatos e fiscalizações, insalubre e sucateado, sem condições adequadas de atendimento.
Enquanto isso, carros seminovos das secretarias de Saúde e Educação estão abandonados no chamado “Garajão” da Prefeitura, deteriorando-se sem uso, enquanto a população sofre com a precariedade dos serviços.
DESCASO TAMBÉM NAS VILAS
O abandono administrativo não se limita à sede do município. Na Vila Isabel, moradores convivem diariamente com:
Ruas esburacadas;
Esgoto a céu aberto;
Falta de infraestrutura básica.
FISCALIZAÇÃO DA CÂMARA E ATUAÇÃO DA OPOSIÇÃO
As irregularidades apontadas na gestão municipal já foram constatadas em fiscalizações realizadas por vereadores de oposição, que estiveram em unidades de saúde, obras e equipamentos públicos, registrando o cenário de abandono.
Atualmente, a oposição na Câmara Municipal de Ibicaraí é composta por:
Chico do Doce (Presidente da Câmara Municipal)
Leonardo Alves (conhecido como Dodô Ruana)
Rosenildo
Herbinho do Serv Bem
Edy da Vila
Inicialmente, o bloco oposicionista contava com seis vereadores. No entanto, segundo informações que circulam nos bastidores da política local, um parlamentar teria deixado a oposição, não resistindo aos chamados “encantos do poder” da Prefeitura.
Ainda de acordo com essas informações — não oficialmente confirmadas — esse vereador estaria recebendo cerca de R$ 6 mil mensais, prática popularmente conhecida como “mensalinho”. Até o momento, não há confirmação documental nem esclarecimento público sobre o caso.
PROCESSOS JUDICIAIS E GOVERNO SUSTENTADO POR LIMINARES
A prefeita Monalisa também enfrenta processo judicial envolvendo valores superiores a meio milhão de reais. Sua permanência no cargo ocorre por meio de decisões liminares, enquanto o caso aguarda julgamento definitivo no Supremo Tribunal Federal (STF).
A decisão dos ministros poderá definir os rumos políticos de Ibicaraí e até resultar na cassação do mandato, encerrando um governo marcado por instabilidade jurídica.
ARTICULAÇÃO POLÍTICA NA ALBA
Segundo apuração do Falando com Autoridade, os vereadores de oposição bateram o martelo em apoio ao deputado estadual Rosemberg Pinto (PT), líder do Governo na Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA).
Rosemberg Pinto tem articulado recursos e investimentos para Ibicaraí, dialogando com a oposição como alternativa para destravar obras, fortalecer serviços essenciais e minimizar os impactos da atual crise administrativa.
FALTA DE DESENVOLVIMENTO E DEPENDÊNCIA POLÍTICA
Ibicaraí segue sem atrair empresas capazes de gerar emprego e renda. Em vez disso, prevalece um modelo de contratações temporárias, no qual admite-se e demite-se conforme conveniências políticas, criando dependência social e eleitoral.
ADEUS, 2025
Ibicaraí encerra 2025 como uma cidade que regrediu:
Sem avanços estruturais;
Sem perspectivas reais de desenvolvimento;
Com serviços públicos comprometidos.
O sentimento predominante é de que, enquanto governantes e seus familiares melhoram de vida, a população mais carente enfrenta dias cada vez mais difíceis.
O povo de Ibicaraí inicia mais um ano sem sonhos, sem respostas e sem esperança. Um cenário que pode se prolongar até 2028 — caso não haja mudança no comando político do município.
Por Edcarlos Meneses
Radialista e Jornalista Investigativo – Registro Profissional MTB nº 0063962-SP
Falando com Autoridade

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