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Caso envolvendo o pregador Moreno em Cristo gera forte repercussão e acende debate sobre liberdade religiosa no município

quarta-feira, 10 de dezembro de 2025

A Prefeitura de Itabuna divulgou, na tarde desta terça-feira (09), uma nota oficial após o caso envolvendo o cantor e pregador Moreno em Cristo, que foi impedido por um agente fiscal municipal de realizar uma pregação evangelística na Praça Camacan, região central da cidade. O episódio foi transmitido ao vivo pelo pastor, ganhou grande repercussão nas redes sociais e motivou manifestações de líderes religiosos, fiéis e cidadãos que cobraram posicionamento imediato da gestão.

Nas imagens, o fiscal aparece determinando a retirada dos equipamentos de som utilizados pelo pastor, sob ameaça de apreensão, o que gerou indignação entre o público e levantou suspeita de suposto abuso de autoridade e intolerância religiosa.

Afastamento imediato do fiscal e abertura de procedimento interno 

Diante da repercussão, o prefeito Augusto Castro determinou o afastamento preventivo do agente envolvido e a abertura de um procedimento administrativo para investigar a conduta do servidor. A gestão reforçou que a medida visa garantir isenção e transparência durante o processo de apuração.

Segundo a administração municipal, o caso será analisado minuciosamente pela Procuradoria e pelos setores responsáveis, com possibilidade de responsabilização administrativa, civil ou até criminal, caso sejam constatadas irregularidades.

Prefeitura reafirma compromisso com a liberdade religiosa

Em nota oficial, a Prefeitura enfatizou que não compactua com qualquer forma de intolerância religiosa, lembrando que a liberdade de crença e manifestação da fé é um direito garantido pela Constituição Federal. A gestão também ressaltou que servidores públicos devem atuar com equilíbrio, respeito e bom senso, sobretudo em situações que envolvem direitos fundamentais.

A administração municipal reiterou que adotará todas as medidas necessárias para que situações semelhantes não voltem a ocorrer, ampliando a orientação e capacitação de agentes fiscais sobre como proceder em eventos religiosos, culturais e comunitários realizados em espaços públicos.

Repercussão e debate público

O caso reacendeu o debate sobre o limite da atuação fiscalizatória do poder público em práticas religiosas realizadas em praças e ruas, especialmente quando não há perturbação comprovada da ordem pública. Diversos líderes evangélicos e representantes de outras denominações se manifestaram nas redes sociais, cobrando providências e afirmando que Itabuna sempre foi uma cidade marcada pela pluralidade religiosa.

O pastor Moreno em Cristo, conhecido em toda a Bahia pelo testemunho de transformação e pelo trabalho evangelístico nas ruas, afirmou que continuará pregando o Evangelho “com respeito e amor, mas sem abrir mão do direito constitucional de evangelizar em praça pública”.

Próximos passos

A Prefeitura informou que divulgará atualizações assim que o procedimento disciplinar avançar e que o resultado da apuração será público, reafirmando o compromisso com a transparência administrativa.

Enquanto isso, o episódio segue mobilizando debates jurídicos, religiosos e sociais, tornando-se um dos temas mais comentados da semana na região sul da Bahia.


Por Edcarlos Menezes — Radialista/Jornalista

Registro Profissional MTB nº 0063962-SP

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