Essa semana, na quarta-feira (9), o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reuniu com os ministros do Supremo Tribunal Federal para um cumprimento aos onze ministros como uma forma de rito democrático do processo pós-eleição. Na ocasião, somente o ministro Luís Roberto Barroso não esteve presente porque estava participando da 27ª conferência o clima da Organização das Nações Unidas, a COP 27, realizada no Egito.
Na visita, Lula foi muito bem recebido pelos ministros e os cumprimentou reciprocamente. Segundo informações, a reunião decorreu tranquilamente em um diálogo amistoso sobre a relação futura que os dois poderes - executivo e judiciário - terão.
O que chamou a atenção essa semana e foi tida como histórica é a imagem do encontro com os ministros, visto que Lula, em julho de 2017, foi condenado pelo então Juiz Sérgio Moro há nove anos e seis meses, pena esta que, na segunda instância, ainda foi aumentada para 12 anos e um mês. A condenação se trata de um caso de corrupção e lavagem de dinheiro envolvendo um tríplex no Guarujá. Outra questão é que, há três anos atrás, em 08/11/2019, Lula deixava a prisão em Curitiba, e, três anos após esse fato, em 08/11/2022, Lula reúne-se com ministros do STF como um presidente eleito.
O processo de Lula até hoje é um dos mais embaraçosos e duvidosos, o que faz muitos juristas e ativistas políticos entenderem que se tratou de uma prisão injusta e política, visto que até os dias atuais não existem provas concretas que validem o processo e a prisão se decorreu baseada em evidências. Apesar de tudo, o processo foi anulado por razões de inconsistências em seu trâmite e Lula teve seus direitos de cidadão e políticos de volta.
Na época, Lula, como um bom democrata e correto cidadão, mesmo diante de um caso claramente injusto, respeitou a decisão da justiça e se dirigiu ao presídio em Curitiba, cumprindo a prisão até a reversão de seu caso. Hoje, depois de condenado, o então presidente eleito, sentar-se junto aos ministros do STF em mais um ato de respeito à democracia e ao judiciário, é histórico e demonstra o caráter do Presidente Lula em suas ações de lisura como grande líder e político nato que é.
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